Fumo continua a contaminar várias das principais cidades australianas

Residentes em algumas das principais cidades australianas, incluindo Sydney, Melbourne e Camberra, estão a tomar medidas preventivas para lidar com o fumo provocado pelos incêndios nas suas regiões.

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Lusa
08/01/2020 06:36 ‧ 08/01/2020 por Lusa

Mundo

Austrália

A zona norte e leste de Sydney é atualmente a de maior preocupação, segundo as autoridades.

Camberra, o único território do país que ainda não foi afetado por incêndios na atual época de fogos -- que já causaram 25 mortos e destruíram mais de 13 milhões de hectares -- esteve vários dias como a cidade com ar mais contaminado do planeta.

A situação melhorou hoje, mas continua a estar no quarto nível mais elevado dos seis usados para medir as condições atmosféricas, segundo o World Air Quality Index Project que reúne informação de registos em todo o mundo em tempo real.

Tony Bartone, da Australian Medical Association, alertou hoje para os severos riscos do fumo, que pode ser fatal para pessoas mais vulneráveis, recomendando por isso cuidados adicionais nas saídas à rua.

Apesar de um abrandamento dos fogos, de uma queda da temperatura e de alguma chuva, o fumo continua a alastrar-se em vários locais, chegando mesmo a atingir a Nova Zelândia.

Visível do espaço, o fumo levou muitos residentes a usar máscaras na rua, com edifícios a colocar os aparelhos de ar-condicionado em modo de recirculação de ar, para evitar contaminação adicional.

O perigo, alertou Bartone em declarações ao Canal 9, é especialmente significativo para doentes de asma e outros problemas respiratórios.

"A contaminação por fumo, e a dimensão e densidade a que os habitantes desta cidades estão sujeitos é sem precedentes. Está a durar há vários dias e a agravar o ar nas principais cidades", notou.

Dados mostram valores nas escalas máximas de poluição atmosférica em vários locais na zona metropolitana de Sydney, especialmente a norte e oeste da maior cidade australiana.

A medição das condições atmosféricas é feita, tradicionalmente, com a verificação do número de PM2.5, ou seja de partículas com um diâmetro de menos de 2,5 micrómetros, ou 3% do diâmetro de um cabelo humano.

A escala considera os níveis saudáveis até 12 PM2.5 -- ou até 50 de Índice de Qualidade do Ar (IQA) -- com seis níveis, o mais elevado do qual é acima de 250 PM2.5, ou um IQA superior a 301.

O IQA tem em conta as medições de PM2.5, de ozono, de dióxido de nitrogénio, dióxido sulfúrico e monóxido de carbono.

Um mapa de monitorização do IQA do World Air Quality Index Project coloca a Austrália como o quarto país atualmente com a pior qualidade de ar, atrás da Índia, China e Turquia, com um IQA de 423.

O projeto considera esse valor no nível mais elevado da escala, podendo "agravar doenças pulmonares e cardíacas" e causar a morte a pacientes que sofram deste tipo de problemas, recomendando que se evite qualquer exercício no exterior e que idosos e crianças permaneçam no interior.

Hoje registava-se um dos valores mais elevados, de cerca de 450, a sul da cidade de Wollongong, a norte de Sydney.

 

 

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