A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse, esta quinta-feira, ainda ser prematuro declarar situação de emergência global de saúde pública por causa do novo coronavírus. Há já 18 mortes confirmadas devido a este vírus que teve início na China. Há mais de 600 pessoas infetadas.
Após dois dias de reuniões na sede da OMS em Genebra, um comité de emergência formado por médicos especialistas de vários países e convocado pelo diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, descartou, por enquanto, o possível alerta internacional receando que "seja demasiado cedo".
A OMS reserva a possibilidade de reunir o comité no futuro para discutir novamente uma eventual emergência internacional, o que implicaria a implementação de medidas preventivas a nível global.
Aquele organismo internacional define uma emergência global como um "evento extraordinário" que constitui um risco para outros países e requer uma resposta internacional coordenada.
Emergências globais anteriores foram declaradas para o surgimento do vírus Zika nas Américas, a pandemia da gripe suína e a poliomielite.
Recorde-se que os aeroportos à volta do mundo começaram hoje a tomar precauções para lidar com o fluxo de turistas chineses que tiram férias no Ano Novo Lunar, no meio deste surto.
As medidas de segurança aeroportuárias seguem-se ao anúncio de que as autoridades chinesas colocaram três cidades de quarentena, num esforço inédito que visa travar a propagação.
Também esta quinta-feira, quatro pessoas na Escócia - três de Edimburgo e uma de Glasgow - estão a ser avaliadas por suspeita de infeção pelo coronavírus depois de terem regressado de Wuhan, na China.
O vírus foi inicialmente detetado no mês passado num mercado de mariscos nos subúrbios de Wuhan, a capital da província de Hubei, que é também um importante centro de transporte doméstico e internacional, mas alastrou-se, entretanto, a várias províncias chinesas.
A doença foi identificada como um novo tipo de coronavírus, semelhante à pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
Os sintomas destes coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.
[Notícia atualizada às 19h52]