"Está um tempo incrivelmente quente na Sibéria. Ontem [quarta-feira] em Tiumen registaram-se 1,5 graus", disse o diretor do Centro de Meteorologia, Román Vilfrand, citado pela agência EFE. O recorde anterior na região era de 0,5 graus.
"Já nos habituámos a temperaturas acima de zero graus em Moscovo, mas a região de Tiumen é conhecida pelas suas temperaturas gélidas", disse Román Vilfrand.
A temperatura média naquele local oscila entre os 13 graus negativos e os 18 graus negativos nesta altura do ano.
Vilfrand alertou ainda que a onda de calor levará a um aumento de temperaturas nos próximos dias na Sibéria, onde fará mais calor do que no sul da Rússia.
Já esta semana o responsável do Centro de Meteorologia tinha chamado a atenção sobre a onda de calor em várias regiões da Sibéria, onde a temperatura em inícios de fevereiro chegou a superar a média em 16 graus.
A posição da Rússia em relação às alterações climáticas começou a mudar nos últimos meses, com o país a ratificar o Acordo de Paris em setembro, três anos após ter assinado o pacto sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa.
Segundo estatísticas oficiais, a Rússia aquece 2,5 vezes mais rápido que a média do resto do mundo. Entre 1976 e 2016 as temperaturas subiram 0,45 graus em média por década.