"De ambos os lados, o foco esteve na redução das tensões no terreno, enquanto prossegue a luta contra os terroristas reconhecidos como tal pelo Conselho de Segurança da ONU", disse a diplomacia russa numa declaração.
Os funcionários dos dois países sublinharam igualmente a necessidade de "proteger os civis dentro e fora da zona de Idlib, noroeste da Síria" e de "fornecer ajuda humanitária de emergência a todos os necessitados", de acordo com a mesma fonte.
De acordo com Moscovo, as reuniões ocorreram na quarta e na sexta-feira entre o enviado do Kremlin à Síria, Alexander Lavrentiev, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Sergei Vershinin, representantes do Ministério da Defesa russo, de um lado, e uma delegação turca, do outro.
As tensões em torno da região de Idlib, o último reduto de rebeldes e 'jihadistas' na Síria, aumentaram acentuadamente com a morte esta semana de pelo menos 34 soldados turcos em bombardeios atribuídos por Ancara às forças do presidente sírio Bashar al-Assad, que são apoiadas por Moscovo.
Como retaliação, Ancara, que apoia alguns grupos rebeldes, afirmou ter bombardeado vários alvos do regime.
Na sexta-feira, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan e seu homólogo russo Vladimir Putin tiveram uma conversa telefónica durante a qual expressaram "preocupação" pela escalada na Síria.
Os dois líderes poderão encontra-se em Moscovo na próxima semana, de acordo com o Kremlin.
Nas últimas semanas, o Presidente Erdogan tem apelado repetidamente às forças sírias para que se retirem de certas áreas em Idlib até ao final de fevereiro, prazo que expira à meia-noite de sábado.
O regime sírio, apoiado por Moscovo, tem conduzido uma ofensiva desde dezembro para retomar a província de Idlib.
Desde 2011, o conflito na Síria já causou mais de 380.000 mortes e milhares de refugiados e deslocados.