O homem iraquiano, que morreu hoje, ocupava o cargo de imã numa mesquita na cidade de Sulaymaniyah, no nordeste do Iraque, disse o médico Iyad al-Naqchabandi.
Fontes médicas garantiram à AFP que o imã sofria de problemas cardíacos e respiratórios antes de ficar em quarentena por ter contraído o novo coronavírus (Covid-19).
O Iraque, um vizinho do Irão, um dos países mais afetados pela epidemia do Covid-19, já anunciou 31 casos de contaminação, um iraniano e 30 iraquianos que visitaram o Irão.
O país teme particularmente uma epidemia nos lugares sagrados xiitas, onde as peregrinações reúnem milhões de fiéis vindos especialmente do Irão.
Segundo fontes locais, o imã que morreu em Sulaymaniyah não esteve no Irão, mas recentemente encontrou-se com iraquianos que voltaram do irão
As viagens entre os dois países foram proibidas e escolas, universidades, cinemas e outros locais públicos foram fechados preventivamente pelas autoridades até ao fim da semana.
No entanto, muitos cafés e restaurantes estão sempre lotados à noite na capital.
O novo coronavírus é particularmente preocupante para os iraquianos porque o sistema de saúde do país, devastado por quatro décadas por guerras e presas à corrupção endémica, é ineficaz.
O Iraque está em escassez crónica de médicos, medicamentos e até hospitais e nas redes sociais a controvérsia continua a crescer, pois muitos iraquianos compartilham histórias de hospitais que se recusaram a tratar pacientes que alegam apresentar sintomas semelhantes aos do novo coronavírus.