Jonathan Mok, um estudante de 23 anos de Singapura, sofreu fraturas e contusões no rosto depois que um grupo de homens o ter agredido quando ele caminhava por Oxford Street, uma rua bastante frequentada devido às numerosas lojas de roupa, pelas 21h00 de segunda-feira da semana passada.
Um dos membros do grupo que o agrediu com socos e pontapés terá gritado "não quero o teu coronavírus no meu país", disse a vítima nas redes sociais, onde colocou também uma fotografia dos ferimentos no rosto.
A Polícia Metropolitana de Londres divulgou hoje as fotografias de quatro suspeitos, tendo a sargento Emma Kirby afirmado que as forças de segurança estão "determinadas a encontrar os culpados" deste ataque racista.
"Não existe lugar nas nossas ruas para este tipo de comportamento violento", vincou.
No balanço mais recente feito pelo governo sobre o impacto do Covid-19 no Reino Unido, publicado esta tarde, as autoridades britânicas deram conta de 85 casos positivos em 16.659 pessoas testadas.
Dos 32 novos casos relativamente a terça-feira, o diretor geral de saúde, Chris Witty, disse que 29 pacientes tinham viajado recentemente de países reconhecidos ou contactado com pessoas sob investigação.
"Três pacientes adicionais contraíram o vírus no Reino Unido e ainda não está claro se o contraíram direta ou indiretamente de um indivíduo que regressou recentemente do exterior", explicou.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal.
Das pessoas infetadas, cerca de 50 mil recuperaram.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".