Covid-19. Tailândia e Malásia recusam entrada de cruzeiro
A Tailândia e a Malásia recusaram a entrada nos seus portos de um navio de cruzeiro com 2.000 pessoas, incluindo dezenas de italianos, por medo da presença a bordo de infetados pelo novo coronavírus, avança hoje a AFP.
© Reuters
Mundo Coronavírus
De acordo com o que noticia a agência France-Presse (AFP), o navio Costa Fortuna foi expulso da ilha turística de Phuket, na Tailândia, na sexta-feira, sem que tivesse sido detetado algum caso suspeito de Covid-19, informou a operadora Costa Cruises.
O grupo de navios de cruzeiro adiantou ainda, através de uma publicação na rede social Twitter, que as autoridades tailandesas impuseram restrições a "todos os italianos que tenham estado em Itália nos últimos 14 dias".
Segundo as autoridades da Malásia, o navio Costa Fortuna transporta 64 italianos.
Com quase 6.000 casos de identificados, a Itália é o país da Europa mais afetado pela epidemia de Covid-19, que matou mais de 230 pessoas naquela península.
No sábado, o navio tentou fazer escala no estado de Penang, no norte da Malásia, mas foi proibido pelas autoridades locais, de acordo com a informação dada por Phee Boon Poh, uma autoridade política da Malásia, à AFP.
Segundo aquele representante, a Malásia decidiu restringir todas as chegadas de navios de cruzeiro aos seus portos e, por esse motivo, o Costa Fortuna seguiu para Singapura.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou cerca de 3.600 mortos entre mais de 105 mil pessoas infetadas numa centena de países e territórios.
Das pessoas infetadas, cerca de 60 mil recuperaram.
Em Portugal, estão confirmados 21 casos de infeção e o Governo anunciou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte.
Foram também encerrados temporariamente alguns estabelecimentos de ensino secundário e universitário.
Na noite de sábado, a ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu que o risco da epidemia em Portugal poderia ser reavaliado nas próximas horas, e levar à adoção de novas medidas excecionais.
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