O Ministério da Migração anunciou hoje, num comunicado, o cancelamento de todas as visitas aos campos, um exame médico para cada recém-chegado, a desinfeção diária de todos os espaços comuns e a suspensão de todas as atividades em espaços fechados, incluindo os cursos oferecidos pelas organizações não-governamentais (ONG)
Além disso, os refugiados são aconselhados a não deixarem os campos, a não ser que seja indispensável, e há a distribuição de informações em grego, inglês, francês, árabe e farsi.
Também está a ser avaliada a possibilidade de distribuição de alimentos nos campos de registo das ilhas do mar Egeu uma vez ao dia para evitar contactos.
Embora a Grécia até agora não tenha detetado nenhum contágio de novo coronavírus em refugiados, o risco é elevado nos campos de registo das ilhas do Egeu, onde mais de 42.000 pessoas vivem em instalações com capacidade para hospedar apenas 6.500.
Os serviços de saneamento adequados e o acesso a serviços médicos básicos são escassos nesses campos, enquanto os hospitais das ilhas têm uma capacidade muito limitada de atendimento.
Em campos como o de Moria, onde mais de 20.000 pessoas sobrevivem, incluindo muitos menores, é quase impossível manter a distância de segurança recomendada para impedir a propagação do novo coronavírus.
A sobrelotação é tal que nesta segunda-feira uma criança de 6 anos morreu devido a um incêndio que começou numa cozinha e espalhou-se rapidamente. Os bombeiros não conseguiram controlá-lo até duas horas após o alarme disparar.
Na segunda-feira, a Grécia já tinha 331 infetados pelo novo coronavírus e quatro mortes registadas.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.