O primeiro-ministro israelita em funções, Benjamin Netanyahu, determinou a redução do pessoal no setor público e da força de trabalho no privado para 30%, exceto em negócios como mercados, alimentação, bancos e centros médicos.
"Haverá ajustes para indústrias específicas que serão determinadas em conjunto pelo Ministério da Saúde e pelo das Finanças. Este requisito não se aplica às empresas com 10 ou menos trabalhadores, na condição de manterem uma distância de pelo menos dois metros entre si", explicou Netanyahu, no que definiu como "disposições de emergência" para o mercado laboral.
Israel já aprovou medidas como o encerramento de locais de entretenimento e restrições de movimento para conter a propagação do novo coronavírus. Até ao momento não declarou estado de alerta, mas a sua economia está a ser afetada e o país baixou as suas expectativas de crescimento anual para 0%.
A Autoridade de Aeroportos de Israel, por exemplo, ordenou a 2.000 funcionários que tirassem férias não pagas, o cancelamento das horas extraordinárias e cortes de 10% nos salários dos funcionários de topo.
O Ministério das Finanças está a finalizar um plano que prevê subsídios de desemprego para quem foi forçado a ir para casa sem remuneração e permitirá o adiamento do pagamento de impostos aos trabalhadores independentes e proprietários de pequenas e médias empresas.
Os trabalhadores por conta de outrem poderão aceder a subsídios de até 6.000 sheckels (1.440 euros).
As autoridades israelitas estimam uma queda de 1,6% (seis mil milhões de euros) do produto interno bruto (PIB) do país, segundo o jornal económico israelita Calcalist.
Assim, o Ministério das Finanças estuda a inclusão no Orçamento de Estado de uma verba de 5.000 milhões de sheckels (mil milhões de euros) para aplicar medidas de estímulo económico.
Israel tem registados mais de 320 casos de Covid-19 e milhares de pessoas estão confinadas.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.