Milhares de pessoas encurraladas na fronteira entre Áustria e Hungria

Milhares de pessoas estão encurraladas na fronteira austro-húngara e aguardam a abertura de um "corredor humanitário" para atravessar a Hungria e chegar aos seus países, devido ao encerramento de fronteiras na União Europeia para impedir a propagação da Covid-19.

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Lusa
17/03/2020 20:04 ‧ 17/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Roménia, Bogdan Aurescu, citado pela agência espanhola Efe, cerca de 3.500 cidadãos daquele país estavam hoje retidos no posto fronteiriço do município de Nickelsdorf, na Áustria, e esperam autorização para atravessar para a Hungria.

A Hungria encerrou as fronteiras a todos os cidadãos estrangeiros desde a meia-noite de segunda-feira, na tentativa de limitar as cadeias de transmissão da doença provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Contudo, devido às pressões exercidas pelos governos da Áustria e da Roménia, as autoridades húngaras estão a planear abrir hoje um "corredor humanitário" entre as 19:00 de hoje e as 04:00 de quarta-feira, para deixar os veículos atravessar o país.

A maioria destas pessoas está a trabalhar temporariamente na Alemanha ou em França e, devido ao encerramento das fronteiras dos países que integram a União Europeia, estão a tentar regressar aos países de origem.

O ministro dos Negócios Estrangeiros romeno afirmou que a Roménia concordou com uma "medida excecional", que será aplicada apenas "uma vez" para permitir aos cidadãos romenos o regresso a casa.

Os veículos deverão atravessar o país sem fazer qualquer paragem e serão escoltados pelas autoridades húngaras até à fronteira com a Roménia.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.503 mortes para 31.506 casos, o Irão, com 988 mortes (16.169 casos), a Espanha, com 491 mortes (11.178 casos) e a França com 148 mortes (6.633 casos).

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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