O petroleiro em que seguiam ficou preso devido a uma tempestade na segunda-feira, junto ao porto de Kea. Entre os 190 refugiados, estão 39 menores, a maioria do Afeganistão, Irão e Somália, e uma pessoa com febre foi levada para Atenas para fazer um teste ao novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19, disse o vice-presidente da ilha, Eleftherios Tzouvaras, à Afp.
Três mulheres grávidas e um refugiado ferido na perna foram também levados para a capital, enquanto três homens suspeitos de contrabando foram presos, acrescentou.
O restante grupo, atendido pelo pessoal da Cruz Vermelha, ficou em quarentena por 14 dias num hotel abandonado, no porto de Korissia "inadequado" para os refugiados, segundo o responsável.
Questionado pela agência de notícias francesa, o porta-voz do ministério das Migrações anunciou hoje a transferência dos mesmos, "até domingo", para "campos como o de Malakasa", a cerca de quarenta quilómetros de Atenas, para onde foram transferidos dezenas de migrantes recém-chegados a Lesbos.
"Vários dias já passaram desde a chegada e não tiveram contacto com a população local", afirmou o porta-voz do ministério, garantindo que todas as precauções estão a ser tomadas, inclusive o transporte para o continente.
Já o vice-presidente local sublinhou que estão numa "pequena ilha turística" e que o grupo de refugiados "representa 10% da população", não tendo "infraestruturas para acomodá-los".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, a Espanha, com 767 mortes (17.147 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).