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República Dominicana decreta recolher obrigatório até 3 de abril

O Presidente dominicano, Danilo Medina, ordenou hoje o recolher obrigatório justificado pela pandemia do coronavírus, proibindo o trânsito e a circulação de pessoas entre as 20h00 e as 6h00 da manhã.

República Dominicana decreta recolher obrigatório até 3 de abril
Notícias ao Minuto

20:18 - 20/03/20 por Lusa

Mundo Coronavírus

O recolher obrigatório entre em vigor a partir de hoje e prolonga-se até 3 de abril, segundo um decreto publicado pelo Governo.

As únicas exceções à medida abrangem os médicos e pessoal de saúde, funcionários dos setores da segurança e jornalistas devidamente credenciados.

A República Dominicana está em estado de emergência desde quinta-feira, com a restrição das atividades comerciais, académicas e culturais, para além do encerramento das fronteiras.

De acordo com o Ministério da Saúde, o número de casos confirmados pelo novo coronavírus ascende a 72 doentes, entre os quais duas mortes.

Num discurso ao país na noite de terça-feira, Medina anunciou o decreto do estado de emergência e uma série de medidas que começaram a ser aplicadas dois dias depois, incluindo o encerramento das fronteiras por 15 dias.

Foi ainda ordenada por 15 dias a suspensão de todas as atividades comerciais, com exceção de supermercados, mercearias, estações de gasolina, farmácias e outros serviços básicos.

Foram ainda suspensos todos os eventos culturais, artísticos e desportivos, e o ensino desde o básico ao universitário.

Estão também proibidas todas as iniciativas programadas em torno das legislativas de 17 de maio, cuja campanha se iniciou formalmente na terça-feira.

O Governo dominicano impôs uma quarentena, exortou a população a permanecer em casa e pediu às empresas que facilitem o teletrabalho.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 265 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 11.100 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 90.500 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 182 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.032 mortos (mais 627 que na quinta-feira) em 47.021 casos.

A Espanha regista 1.002 mortes (19.980 casos) e a França 264 mortes (9.134 casos).

A China, por sua vez, informou não ter registado novas infeções locais pelo segundo dia consecutivo, embora o número de casos importados tenha continuado a aumentar, com 39 infeções oriundas do exterior.

No total, desde o início do surto, em dezembro passado, as autoridades da China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizaram 80.967 infeções diagnosticadas, incluindo 71.150 casos que já recuperaram, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.248.

Destaque também para o Irão, com 1.433 mortes em 19.644 casos.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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