Produtor de gin usa restos de álcool para fazer desinfetante em África

Devido à escassez de desinfetantes em África, Andre Pienaar passou a dar um novo uso aos restos de álcool que lhe sobram na destilaria que gere.

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© Reuters

Silvia Abreu
24/03/2020 11:40 ‧ 24/03/2020 por Silvia Abreu

Mundo

Covid-19

Depois de o pânico devido ao novo coronavírus ter motivado uma corrida às compras de desinfetante em África, o produtor de Gin, Andre Pienaar percebeu que podia fazer algo com os restos de álcool que a sua destilaria produz.

O empresário partilhou nas redes sociais que tinha 140 litros de etanol com uma percentagem de 70, disponibilizando gratuitamente o produto a quem o quisesse tornar em desinfetante.

"A resposta foi uma loucura. Em três horas tinha ido tudo e impus um limite de um litro por pessoa", disse, em declarações à Reuters, referindo que passou a vender o etanol que a sua empresa produz.

"Não há nada nas prateleiras para as pessoas comprarem, além de sabão. É mais uma opção para ajudar a proteger a população", acrescentou.

Em África, a escassez de desinfetantes e máscaras cirúrgicas tem sido uma oportunidade de negócio para os mais empreendedores. Na Nigéria e no Quénia, químicos amadores estão a misturar diferentes produtos de lavar as mãos para vender, enquanto no Ruanda várias pessoas costuram as suas próprias máscaras.

As autoridades de saúde alertaram que o uso de máscaras em público não protege do vírus e que o desinfetante só funciona se tiver mais do que 60% de álcool.

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