A mulher de 81 anos morreu num hospital privado da capital argentina, tendo sido confirmado na terça-feira que a sua infeção aconteceu na sequência de um contacto próximo com um homem de 82 anos, hospitalizado após uma viagem aos Estados Unidos, anunciaram as autoridades de saúde de Buenos Aires.
A outra vítima foi uma mulher de 73 anos, da cidade de Resistência, capital da província de Chaco, no norte do país, onde, foram contabilizadas três mortes por covid-19.
Esta mulher estava internada numa clínica desde 19 de março, quando foi diagnosticada com o novo coronavírus, após entrar em contacto com outro caso confirmado. A vítima sofria também de outras doenças como diabetes, hipertensão e obesidade, segundo o Ministério de Saúde Pública de Chaco.
A Argentina registava, na terça-feira, 387 casos de coronavírus, dos quais 63 já tiveram alta.
A secretária de Estado da Saúde, Carla Vizzotti, anunciou hoje que a grande maioria dos casos corresponde a pessoas que viajaram para países com alta circulação do vírus, mas avisou que já se verificou o início de transmissão comunitária na região metropolitana de Buenos Aires, que inclui a capital e arredores.
Vizzotti adiantou que, por enquanto, "não há evidências de sobrecarga do sistema de saúde" na principal região demográfica da Argentina.
Segundo dados oficiais mais recentes, seis em cada 10 casos confirmados do novo coronavírus correspondem a homens, sendo que 18% são cidadãos acima de 60 anos e 2% são crianças menores de 14 anos.
"Os que mais apanham a infeção são os mais jovens, que são mais ativos e podem transmitir essa infeção a adultos mais velhos", que representam o principal grupo de risco, apontou Vizzotti numa conferência de imprensa hoje realizada, na qual pediu aos cidadãos para cumprirem o isolamento social obrigatório decretado pelo governo nacional.