Dos 57 casos, dois estão em estado crítico com acompanhamento permanente, enquanto um turista italiano de 71 anos que estava em estado grave evoluiu de maneira "satisfatória" e está estável, segundo o relatório oficial.
Os novos casos diagnosticados variam entre os 32 e 78 anos de idade, quatro deles são cidadãos cubanos que viajaram para os Estados Unidos, México, Equador e Espanha, e uma cubana que manteve contacto com um doente, cuja fonte de infeção foi um grupo de turistas italianos.
Os outros dois são viajantes franceses, uma croata procedente da Alemanha e uma colombiana residente em Havana, que regressou do Equador.
Todos os pacientes apresentam uma evolução clínica estável, segundo o Minsap.
De acordo com os dados oficiais, a ilha já realizou 738 testes para detetar covid-19, dos quais "a maioria é positiva para gripe A", explicou à imprensa o diretor de epidemiologia do ministério, Francisco Durán.
Cuba mantém ainda a vigilância, nas suas instalações médicas, a 1.479 pessoas, mais 443 do que nas últimas 24 horas, sendo que 116 são estrangeiros.
Mais de 36.500 pessoas estão isoladas preventivamente nas suas casas, por apresentarem sintomas respiratórios ou terem tido contacto com casos suspeitos.
Até ao momento, há apenas um morto: um turista italiano de 61 anos, enquanto o Minsap confirmou o primeiro paciente recuperado da doença, um homem de 25 anos que continua em confinamento e sob supervisão médica por 14 dias.
Embora a quarentena não tenha sido ainda decretada até ao momento, o Governo cubano estabeleceu medidas para evitar um possível surto do novo coronavírus, incluindo o encerramento das escolas, bares, suspensão dos transportes entre províncias e a proibição de entrada a todos os estrangeiros não residentes, assim como a proibição de saída a todos os nacionais.
Desde terça-feira os turistas não podem entrar no país e os que ficam no interior não podem deixar os alojamentos (hotéis ou alojamento local) até que deixem Cuba.
O Presidente cubano, Miguel Díaz Canel, pediu a todos os residentes para sairem de casa apenas quando necessário, apelando ao distanciamento social e cumprimento de regras de higiene.
Embora as ruas e os autocarros públicos de Havana estejam mais vazios que o habitual, mantêm-se as largas filas em frente às lojas causadas pela escassez crónica de produtos de primeira necessidade.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 428 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 19.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 226.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos registados até terça-feira.