Autoridades russas anunciam morte de dois doentes com coronavírus

Dois idosos com teste positivo à covid-19 morreram em Moscovo, anunciaram hoje as autoridades de saúde da capital russa, que não precisaram até ao momento o motivo exato destas mortes, referiu a agência noticiosa AFP.

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Lusa
25/03/2020 18:38 ‧ 25/03/2020 por Lusa

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"Foi confirmado que os doentes, com idades de 88 e 73 anos, tinham uma pneumonia" e "patologias concomitantes", indicou em comunicado a célula de crise do departamento de saúde da cidade de Moscovo.

Até ao momento não foi oficialmente confirmada nenhuma morte diretamente relacionada com o coronavírus na Rússia, onde estão recenseados 658 casos de contaminação de acordo com o último balanço das autoridades sanitárias.

Na terça-feira, uma mulher de 69 anos suspeita de ter contraído o novo coronavírus morreu num hospital de Moscovo especializado no tratamento da doença. Mas a célula de crise precisou que sucumbiu a um "cancro em fase terminal" e que o seu teste ao coronavírus resultou negativo.

Na semana anterior, outra doente russa, com 79 anos e que testou positivo ao coronavírus, morreu em Moscovo "devido a um coágulo sanguíneo" na artéria pulmonar, segundo as autoridades. A sua morte não foi contabilizada como estando relacionada com a covid-19.

Os antecedentes das autoridades russas em termos de transparência na gestão de crises tem motivado a suspeita de numerosos observadores, que alegam a possibilidade de uma situação minimizada, indica a AFP.

Hoje, o Presidente Vladimir Putin recomendou aos russos para permanecer em casa, decretou uma semana de pausa laboral e adiou a votação sobre areforma constitucional para suster a pandemia, mas sem ordenar de momento o confinamento da população.

Na terça-feira, Sergueï Sobianine, presidente da câmara municipal de Moscovo e próximo de Vladimir Putin, responsável pela gestão de uma célula de crise nacional, admitiu que as autoridades não possuem uma "imagem clara" da amplitude das contaminações.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 428 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 19.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 226.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos registados até terça-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 3.434, entre 47.610 casos de infeção.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com mais de 81.200 casos, tendo sido registados 3.281 mortes. Nas últimas 24 horas, reportou 47 novos casos, todos com origem no exterior.

Os países mais afetados a seguir à Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.077 mortes num total de 27.017 casos, a França, com 1.100 mortes (22.302 casos), e os Estados Unidos, com 600 mortes (55.225 casos).

O continente africano registou 64 mortes devido ao novo coronavírus, ultrapassando os 2.300 casos.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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