A agência de Protecção Civil italiana dá conta, este sábado, de mais 889 mortes nas últimas 24 horas, elevando-se o número total de mortos para os 10.023. Trata-se de uma ligeira descida no número de variação diária, em termos absolutos, que ontem bateu um recorde (910 mortos nas 24 horas anteriores, sendo que 50 faziam referência a quinta-feira), com menos 80 mortes. Em termos percentuais, desce para 9,7%, quando na sexta-feira registou um aumento de 11%.
O registo diário de mortes continua, porém, acima dos 800, algo que aconteceu ontem pela primeira vez. É o segundo balanço diário mais alto desde o início da crise.
Em relação ao número de infetados, foram registados mais 5.974, o que significa um crescimento de 6.9% face ao dia anterior (também uma descida em termos percentuais quando comparado com sexta-feira, que registou uma variação de 7%).
Em termos globais, Itália soma agora 92.472 casos de infeção, com 70.065 casos ativos, dos quais 26.676 encontram-se hospitalizados e 3.856 estão em estado grave. O número total de mortes passou a negra barreira dos 10 mil casos, situando-se agora nos 10.023.
Conforme pode ver pelo mapa abaixo, a região mais afetada pelo surto viral é Lombardia, situada no norte do país, onde os serviços de saúde estão sobrecarregados. A maioria das mortes - 5.944 - ocorreu naquela região.
Mapa do impacto do surto em Itália, por região© Proteção Civil Itália
Apesar do elevado número de mortes, o chefe da Proteção Civil italiana, Angelo Borrelli, destacou, na conferência de imprensa diária em Roma, que nas últimas 24 horas foram declaradas como curadas mais 1.434 pessoas, o número mais alto até agora de pessoas recuperadas naquele país.
Quando questionado sobre o número alarmante de óbitos registado até à data no país, Borrelli declarou apenas: "Se medidas drásticas de contenção não tivessem sido adotadas, teríamos outros números e os serviços de saúde, que já estão em estado crítico, estariam num estado dramático, numa situação insustentável".
A Itália é país do mundo com mais mortes registadas por causa da Covid-19, tendo ultrapassado a China (3.200 mortos) no passado dia 19 de março. Segue-se a Espanha, que soma já mais de 5 mil mortos, e o Irão, com mais de 2.500, segundo o que é relatado pelas autoridades locais.
A China, epicentro do surto viral, iniciado em dezembro do ano passado, anunciou esta segunda-feira que voltou a não registar novas infeções locais pelo novo coronavírus, registando apenas 39 novos casos oriundos do exterior.