A Coreia do Norte disse hoje que os "comentários imprudentes" do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, indicam que os EUA não pretendem retomar as negociações sobre o acordo nuclear.
Após uma teleconferência de ministros dos Negócios Estrangeiros do grupo dos sete países mais industrializados (G7) na semana passada, Pompeo disse aos jornalistas que a comunidade internacional deve permanecer unida no apelo à Coreia do Norte para que suspenda os teste nucleares e volte à mesa de negociações.
Em reação, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte disse hoje, em comunicado, que os comentários de Pompeo revelam que os EUA, na verdade, não procuram uma negociação séria sobre as matérias nucleares.
No comunicado, o Governo norte-coreano considera que os comentários do chefe da diplomacia dos EUA "prejudicaram seriamente a base de diálogo apresentada pelo Presidente Donald Trump", explicando que os norte-americanos estão apenas a procurar "ganhar tempo" com dissimulações.
A declaração de Pyongyang não esclarece que atitude terá a Coreia do Norte, perante esta constatação, mas refere que está disposto a fazer os Estados Unidos pagar pelos danos económicos que estão a ser provocados pela manutenção das sanções económicas.
No final de Dezembro, o Presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-un, disse que não se sentia obrigado a manter uma moratória autoimposta para desistir dos seus testes com mísseis nucleares de longo alcance e que em breve revelaria uma nova arma estratégica.
Em 2017, a corrida armamentista da Coreia do Norte provocou o receio de uma guerra na península coreana, mas após negociações com os Estados Unidos e cimeiras com os presidentes dos dois países, Kim Jong-un prometeu suspender os testes nucleares.
Nas últimas semanas, a Coreia do Norte tem intensificado os testes nucleares, com lançamento de mísseis de curto alcance.