"Queremos abrir um horizonte de colaboração" com todos os atores possíveis, "uma espécie de concertação social" que nos permita enfrentar os desafios que vão surgir a médio prazo, afirmou a porta-voz do executivo, María Jesús Montero, numa conferência de imprensa a seguir ao Conselho de Ministros que aprovou a proposta de prorrogação até 25 de abril próximo do "estado de emergência" em Espanha.
Este acordo seria do tipo daqueles que são conhecidos em Espanha como "Pactos da Moncloa", um compromisso assinado no palácio com o mesmo nome, que é a sede do Governo, durante a transição democrática espanhola, em 25 de Outubro de 1977, e que teve o apoio de partidos, associações empresariais e sindicais, com o objetivo de procurar estabilizar o processo de transição para o sistema democrático.
María Jesús Montero disse que o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, considera que Espanha "precisa de um grande acordo", que se pode chamar Pacto da Moncloa ou ter outro nome, para definir o país que se quer construir.
A Espanha é um dos países mais atingidos pelo novo coronavírus, responsável pandemia da covid-19, que já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com cerca de 708 mil infetados e mais de 55 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 16.523 óbitos em 132.547 casos confirmados até segunda-feira.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 13.798 mortos, entre 140.510 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos, com 10.994 mortos, são o que contabiliza mais infetados (368.449).