Rápido crescimento de infetados em África preocupa União Africana

O diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC) manifestou-se hoje preocupado com o rápido crescimento de infetados com covid-19 no continente que totaliza agora 11.400 casos e 572 mortos.

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Lusa
09/04/2020 10:37 ‧ 09/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

Durante um encontro online com a comunicação social a partir de Adis Abeba, na Etiópia, John Nkengasong disponibilizou os dados mais atualizados em África e abordou a estratégia para combater esta pandemia que, em todo o mundo, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas, das quais morreram mais de 87 mil.

Segundo John Nkengasong, África regista atualmente 11.400 casos em 52 países, com 572 mortos e 1.313 recuperados, estes últimos dados "animadores".

O diretor do África CDC mostrou-se especialmente preocupado com "o rápido crescimento" da infeção neste continente, que somou 4.400 casos numa só semana.

"Continuamos muito preocupados com a direção e trajetória que o vírus está a ter em África", disse.

John Nkengasong enumerou depois o "top cinco" dos países com mais infeções por covid-19, nomeadamente a África do Sul (1.800), Argélia (1.500), Egito (1.500), Marrocos (1.200) e Camarões (650).

O responsável disse que a organização continua a trabalhar com a Comissão Europeia no sentido de responder da melhor forma à doença e assegurou que esta é uma batalha que só será vencida com um trabalho em equipa.

Ressalvou a necessidade de ajuda clínica especializada e revelou que tem sido proporcionada formação online para profissionais em vários países do continente africano.

John Nkengasong, que começou a conferência de imprensa com um agradecimento à comunicação social pelo trabalho que tem desenvolvido nesta pandemia, apelou depois a que estes profissionais continuem a divulgar as medidas básicas de prevenção da doença, como lavar as mãos com sabão durante pelo menos 20 segundos e ficar em casa se registarem sintomas de gripe.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 772 mil infetados e mais de 61 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 17.669 óbitos em 139.422 casos confirmados até quarta-feira.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.856 casos e regista 3.335 mortes. As autoridades chinesas anunciaram hoje 63 novos casos, 61 dos quais oriundos do exterior, e duas mortes.

Além de Itália, Espanha, Estados Unidos e China, os países mais afetados são França, com 10.328 mortos (109.069 casos), Reino Unido, 7.097 mortos (60.733 casos), Irão, com 3.603 mortos (58.226 casos), e Alemanha, com 2.107 mortes (108.202 casos).

 

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