Polónia prolonga confinamento até 26 de abril, mas mantém presidenciais

A Polónia anunciou hoje o prolongamento, até 26 de abril, das medidas de combate à pandemia covid-19 que implicam o encerramento de escolas e universidades, enquanto as fronteiras irão permanecer fechadas até 03 de maio.

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Lusa
09/04/2020 15:32 ‧ 09/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

Segundo o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, o transporte internacional de passageiros, quer por via aérea, quer por comboio, vai continuar suspenso até 26 de abril e a maioria das empresas - exceto mercearias e farmácias - estará fechada até 19 de abril.

O prolongamento das medidas de prevenção inclui ainda a obrigação de, até 26 de abril, os restaurantes só poderem vender comida para fora.

O Governo decidiu ainda que os exames de faculdade e do 12º. ano -- que têm sido um motivo de preocupação de milhares de estudantes - serão adiados sem data, não devendo ocorrer antes de junho, disse o primeiro-ministro.

Também os espetáculos e eventos desportivos que costumem concentrar grande número de pessoas ficam suspensos até nova ordem.

Além disso, a partir de 16 de abril, será obrigatório, nos espaços públicos da Polónia, usar uma máscara ou lenço a cobrir o nariz e a boca, anunciou o ministro da Saúde, Lukasz Szumowski.

Tal como o primeiro-ministro, o ministro da Saúde pediu à população que não faça grandes reuniões familiares na Páscoa.

O partido Lei e Justiça (PiS), no poder, manteve, no entanto, a data das eleições presidenciais, agendadas para 10 de maio, embora tenha decidido que a votação será obrigatoriamente feita por correspondência, abrindo a possibilidade de a eleição poder decorrer durante uma semana, até 17 de maio.

Esta posição atraiu críticas ferozes da oposição, que a vê como uma tentativa de garantir a vitória do atual Presidente, Andrzej Duda, um membro do PiS, até porque a campanha dos seus rivais foi praticamente proibida, no âmbito das medidas de prevenção da pandemia.

A Polónia registou, até hoje, 5.205 casos de infeção, incluindo 159 mortes.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.

Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 787 mil infetados e mais de 62 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 17.669 óbitos em 139.422 casos confirmados até quarta-feira.

 

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