Michael Ryan, diretor executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), esta segunda-feira, em conferência de imprensa, lembrou que as medidas de saúde pública que estão a ser tomadas terão impactos diversos noutros setores da vida social dos países.
Admitindo que há uma pressão crescente para o regresso à normalidade possível, com o regresso da atividade económica a ser o motor deste regresso à rua, este especialista adverte que "as máscaras protetivas não são uma alternativa à quarentena"."Tudo o que fazemos em saúde pública ou na saúde e nas políticas afeta outro aspeto. Portanto, as pressões sobre as pessoas para voltarem ao trabalho serão muito fortes e muito apropriadas, mas não queremos que as pessoas tenham que fazer escolhas difíceis - e de certa forma pensam que colocar uma máscara, é o mesmo que ficar em casa e denunciar o facto de que estão doentes", começa por referir.
"Há uma enorme pressão sobre as pessoas para voltar ao trabalho, voltar à escola e participar da vida quotidiana. Ninguém quer ser a pessoa em casa, com febre, com um emprego para onde ir e ter de fazer um cálculo sobre o que está certo e, em vez de pegar no telefone e telefonar para meu médico ou para as autoridades de saúde pública e pedir um teste e um diagnóstico, acha que colocar uma máscara é uma resposta adequada. Temos de ter cuidado em relação a isto", defende.