Quem não colocar uma máscara em público arrisca-se a passar seis meses na prisão, a uma multa que pode atingir os 175 euros ou a ambas as penas, segundo ordenou o Governo queniano.
"Os agentes da polícia têm estado a pedir aos quenianos que usem máscara. Vamos dar outro passo para assegurarmos que a lei se cumpre", afirmou o inspetor geral da polícia do Quénia, Hillary Mutyambai.
"No entanto, antes de aplicar estas regras, peço aos quenianos que tomem a iniciativa de usar máscaras. Já não se trata de um aviso", acrescentou.
O uso deste tipo de mascas tem ajudado a conter a expansão do novo coronavírus em países como o Japão, Coreia do Sul ou China, nação onde teve origem a pandemia que atualmente assola o mundo.
Para responder à procura de máscaras, várias empresas têxteis do país africano estão a focar a sua atividade na produção de máscaras, cuja presença nas ruas já é habitual.
Desde 13 de março, quando declarou o primeiro caso de covid-19, o Quénia confirmou 216 infeções, nove mortos e 41 doentes recuperados.
Pouco depois, as autoridades quenianas decretaram estritas medidas para travar a propagação da doença, como o encerramento das fronteiras, a imposição de um recolher obrigatório noturno e o fecho dos condados mais afetados pelo vírus, incluindo o de Nairobi, onde se encontra a capital do país.
Em África, o coronavírus já infetou 16.200 pessoas e causou 872 mortes em 52 dos 54 países do continente.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.