O documento, que foi apresentado e discutido numa reunião entre a chanceler Angela Merkel e os líderes dos 16 Estados federados, realizado hoje à tarde, prevê algumas exceções como a reabertura de espaços comerciais até 800 metros quadrados já na próxima segunda-feira.
O processo, como o controlo higiénico e de entrada nestas lojas, deverá ser controlado por cada região. Restaurantes, bares e 'pubs' devem permanecer fechados, tal como deverá continuar a proibição de celebrações religiosas em igrejas, sinagogas ou mesquitas.
Os hotéis devem permanecer abertos, tal como até agora, "apenas para atividades não turísticas consideradas essenciais", adianta o documento.
Escolas e jardins-de-infância permanecem fechados até dia 3 de maio, com exceção apenas para o atendimento de emergência que poderá ser alargado a outros profissionais de áreas consideradas essenciais para a economia.
A partir de 04 de maio, a reabertura dos espaços de ensino deve ser parcial, com os ministros da educação e cultura a apresentarem um plano até 29 de abril, revelando também quais as medidas de higiene e proteção a adotar.
Deverá ser dada prioridade aos alunos com exames finais neste e no próximo ano letivo e do último ano da escola primária.
De acordo com a agência France-Presse, que cita entidades regionais, os controlos nas fronteiras com a França, Áustria, Suíça, Luxemburgo e Dinamarca devem permanecer em vigor até, pelo menos, 03 de maio.
A Alemanha regista 127.583 casos diagnosticados e 3.254 vítimas mortais.
Desde 22 de março são proibidas reuniões ou saídas com mais de duas pessoas.
Cada região tem aplicado medidas mais ou menos restritivas, com a Baviera, a mais afetada, a decretar o confinamento praticamente total.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 428 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 599 pessoas das 18.091 registadas como infetadas.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.