"A nossa posição é que o Reino Unido não tem planos de parar de financiar a OMS, que tem um trabalho importante a fazer para liderar a resposta global à saúde" ao novo coronavírus, disse o porta-voz do primeiro-ministro, no encontro diário com jornalistas.
Donald Trump anunciou na terça-feira que vai suspender a contribuição financeira do país para a OMS, justificando a decisão com a "má gestão" da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
"Ordeno a suspensão do financiamento para a Organização Mundial da Saúde enquanto estiver a ser conduzido um estudo para examinar o papel da OMS na má gestão e ocultação da disseminação do novo coronavírus", disse o líder norte-americano.
Donald Trump, que falava aos jornalistas na Casa Branca, em Washington, referiu que os EUA contribuem com "400 a 500 milhões de dólares por ano" (entre 364 e 455 milhões de euros) para a OMS, em oposição aos cerca de 40 milhões de dólares (mais de 36 milhões de euros), ou "ainda menos", que disse ser a contribuição da China naquela organização.
A decisão norte-americana foi imediatamente criticada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que sublinhou que este "não é o momento de reduzir o financiamento das operações" da OMS ""ou de qualquer outra instituição humanitária que combata o vírus" SARS-CoV-2.
A nível global, a pandemia da covid-19 já provocou quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 428 mil doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (26.059) e mais casos de infeção confirmados (609.516).
Seguem-se Itália (21.067 mortos, em 162.488 casos), Espanha (18.579 mortos, 177.633 casos), França (15.729 mortos, 143.303 casos) e Reino Unido (12.868 mortos, 98.476 casos).