Apesar dos protestos do Irão e do Comité de Helsínquia Húngaro, uma organização não-governamental (ONG) que acusa o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban de "colocar o estado de direito em quarentena", onze estudantes serão expulsos na quinta-feira e ouros três seguirão o mesmo caminho em 23 de abril, de acordo com o anúncio feito em conferência de imprensa por um dirigente da polícia, tenente-coronel Robert Kiss.
Do grupo fazem parte dois estudantes que beneficiam de uma bolsa de estudo atribuída pelo governo húngaro e que foram apresentados por Viktor Orban como sendo responsáveis por introduzir na Hungria o novo coronavírus (SARS-CoV-2) e a doença que o governante tem relacionado com "os estrangeiros e a imigração"
Os dois estudantes tornaram-se, nas últimas semanas, no 'porta-estandarte' de uma campanha de descredibilização contra os meios de comunicação favoráveis a Viktor Orban e o Comité de Helsínquia Húngaro, uma ONG de defesa dos direitos humanos com sede em Budapeste, criticou as expulsões, que considera terem "motivações políticas".
A Hungria declarou o estado de emergência em 30 de março e regista 134 mortos e mais de 1.600 casos positivos de infeção pelo novo coronavírus.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 428 mil doentes foram considerados curados.