A Organização Mundial de Saúde emitiu este sábado um comunicado, citado pelo The Guardian, onde explica os riscos dos passaportes imunológicos, processo usado por alguns países na tentativa de voltar à normalidade.
Esclarecendo que este 'mecanismo' pode incitar a dois procedimentos falsos, a OMS explica que, até ao momento, não tem provas de que um doente infetado não possa voltar a apresentar sintomas, explicando mesmo que a presença de anti-corpos poderá incitar a um erro.
"Os testes de imuno-diagnóstico imprecisos podem categorizar falsamente as pessoas de duas maneiras. O primeiro é que eles podem rotular falsamente as pessoas que foram infetadas como negativas, e o segundo é que as pessoas que não foram infetadas são falsamente rotuladas como positivas", esclarece o comunicado, afirmando "não ter provas" de imunidade após contágio.
"Neste momento da pandemia, não há evidências suficientes sobre a eficácia da imunidade mediada por anticorpos para garantir a precisão de um 'passaporte de imunidade' ou 'certificado sem risco'. As pessoas que assumem que estão imunes a uma segunda infeção, porque receberam um resultado positivo no teste, podem ignorar os conselhos de saúde pública. O uso de tais certificados pode, portanto, aumentar os riscos de transmissão continuada", esclarece o comunicado.
Relembre-se que o Chile, por exemplo, já estará a implementar este tipo de documento, sendo que depois de um rastreio inicial para a presença de anticorpos os cidadãos são dados como aptos para voltar ao ativo.