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O estranho caso turco. Um dos países com mais infetados... e menos mortes

Especialista aponta a jovem média de idades da população como um dos factores para a baixa taxa de mortalidade.

O estranho caso turco. Um dos países com mais infetados... e menos mortes
Notícias ao Minuto

12:34 - 28/04/20 por Notícias Ao Minuto

Mundo Covid-19:

A Turquia é, neste momento, o sétimo país do mundo mais afetado pela pandemia, com mais de 110 mil pessoas a terem testado positivo à Covid-19. No entanto, é, simultaneamente, um dos que apresenta um número de vítimas mortais mais baixo.

Até à data, o novo coronavírus matou 2.805 cidadãos em território turco, o que significa um rácio de apenas 33 por cada milhão de habitantes, e isto apesar de não ter sido, propriamente, rígida a imposição de medidas de confinamento, de forma a evitar o colapso da economia.

Esta estranha situação está a causar alguma perplexidade junto da comunidade científica internacional, mas Mehmet Ceyhan, catedrático da universidade de Hacettepe, acredita que se deve à 'tenra' média de idade da população: 31,5 anos, menos dez do que em Espanha ou Itália.

"Também a média de idade dos nossos infetados por Covid-19 é mais baixa do que noutros países europeus, e, como sabemos, a mortalidade é superior quanto maior é a idade do infetado. Na Turquia, aplicou-se um confinamento restrito aos maiores de 65 anos e grupos de risco", afirmou, em declarações prestadas ao jornal espanhol El País.

Já Alpay Azap, membro do conselho científico que aconselha o Ministério da Saúde, recorda que "a Turquia foi um dos países onde o vírus chegou mais tarde", o que permitiu aos responsáveis observar "as experiências de outros países" antes de colocarem medidas em ação.

Mas a explicação não convence todos, como é o caso de Bulent Nazim Yilmaz, secretário-geral do Sindicato de Médicos Turcos, que acusa o governo de "não estar a ser transparente com os dados", uma vez que "só regista como casos de Covid-19 aqueles que dão positivo na análise, mas os testes utilizados têm uma margem de erro de até 40%".

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