Com mais de 6 mil mortos no Brasil, Bolsonaro cumprimenta apoiantes

Jair Bolsonaro saiu do Palácio do Planalto, este domingo, para cumprimentar as centenas de apoiantes que se manifestavam em frente ao edifício, em Brasília.

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© Facebook/Jair Bolsonaro

Anabela Sousa Dantas
03/05/2020 20:50 ‧ 03/05/2020 por Anabela Sousa Dantas

Mundo

Brasil

O presidente do Brasil saiu do Palácio do Planalto, este domingo, para cumprimentar as centenas de apoiantes que o aguardavam, numa manifestação de apoio ao governo, ao arrepio dos conselhos do próprio ministério da Saúde para que as pessoas se recolham aos seus domicílios para evitar a propagação do novo coronavírus.

O enorme grupo de manifestantes estava posicionado em frente à rampa do Planalto, residência oficial da presidência, em Brasília. Jair Bolsonaro saiu com uma comitiva de algumas dezenas de pessoas e posicionou-se na rampa, onde ainda pegou uma criança ao colo.

É possível ver máscaras entre a multidão, mas sem respeitar, de todo, quaisquer medidas de distanciamento social. Entre a própria comitiva de Jair Bolsonaro, que inclui dois dos seus filhos, há pessoas sem máscara.

"É uma manifestação espontânea do povo do Brasil em defesa da democracia e da liberdade. Quero um governo sem interferência que possa trabalhar para o futuro do Brasil. Objetivo que tenho a certeza que será atingido, afinal, todos nós queremos o bem da nossa pátria", disse Jair Bolsonaro, para a câmara que o filmava.

"Peço a Deus que não tenhamos problema nesta semana. Chegamos ao limite. Não tem mais conversa. Daqui para frente não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição. Ela será cumprida a qualquer preço", acrescentou, minutos depois.

O governante desceu, depois, a rampa e cumprimentou alguns dos seus apoiantes, acompanhando-os em alguns cânticos, como, por exemplo, "a nossa bandeira nunca será vermelha", um slogan usado contra a esquerda partidária.

Ao mesmo tempo que Bolsonaro fazia campanha junto dos seus apoiantes, o ministro da Saúde, Nelson Teich, visitava este domingo a capital do Amazonas, Manaus, onde as autoridades foram forçadas a cavar valas comuns para enterrar as vítimas mortais da pandemia.

O vírus SARS-CoV-2, que resulta na doença Covid-19, já fez 6.750 mortes no país e infetou 96.559 pessoas.

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