Segundo a organização de cooperação policial internacional, os cibercriminosos estão a aproveitar as atuais circunstâncias para se apoderarem de dados, cometer fraudes 'on-line' e gerar o caos no mundo virtual.
A campanha, difundida nas redes sociais com a 'hashtag' #WashYourCyberHands, tem como objetivo divulgar práticas de "higiene virtual", para evitar ataques que visam principalmente as pessoas em teletrabalho, devido ao confinamento de decretado em muitos países.
A análise dos dados obtidos pelos países membros da Interpol, agências de segurança cibernética e outras empresas privadas mostra que os criminosos estão a "aproveitar a ansiedade causada pela covid-19 para cometer ataques cibernéticos de roubo ou sequestro de dados, golpes 'on-line' e ameaças informáticas" através de programas com vírus, entre outras práticas.
"Os cibercriminosos estão a diversificar as formas de ataque para lançar ciberataques que se aproveitam do surto da covid-19. Essas ameaças estão a causar sérios prejuízos a pessoas e organizações, agudizando uma situação já grave no mundo físico", disse o diretor de crimes cibernéticos da Interpol, Craig Jones, em comunicado.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 257 mil mortos e infetou quase 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.