México vai pedir ajuda aos EUA para conseguir um milhão de máscaras

O Presidente do México, López Obrador, disse hoje que vai pedir ajuda ao Governo dos Estados Unidos na obtenção de um milhão de máscaras de "boa qualidade", para ajudar a proteger o pessoal médico na luta contra o coronavírus.

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Lusa
15/05/2020 18:45 ‧ 15/05/2020 por Lusa

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Covid-19

 

"É preciso fazer acordos com os Governos para que nos apoiem com equipamentos, neste caso máscaras. Estamos para receber mais um milhão de máscaras de boa qualidade. Nós temos [máscaras], não estamos em défice, mas temos que nos preparar com antecedência", indicou o Presidente Andrés Manuel Lopez Obrador, durante uma conferência de imprensa no Palácio Nacional.

López Obrador sublinhou que vai fazer hoje uma chamada para o seu homólogo norte-americano para comprar as máscaras e recordou que os EUA "ajudaram imenso [o México] com a entrega dos ventiladores" e estão a cumprir a sua parte.

O Presidente mexicano garantiu que, nos últimos dias, tem sido feita a entrega de equipamentos médicos e proteções de "melhor qualidade" aos profissionais de saúde, algo que está a escassear no país e que, devido a isso, tem havido especulação de preços.

"Disseram-me hoje que uma máscara que é vendida por 70 pesos (2,68 euros) agora está a ser vendida por 250 pesos (9,50 euros) e, também, que as fábricas são controladas pelos Governos", advertiu.

Afirmou ainda que, além dos Estados Unidos, estão a receber também ajuda da China, um país que teve alguns problemas para poder oferecer assistência.

"Mas já se está a restabelecer o fornecimento de material e equipamento e estamos a lidar com isso todos os dias", detalhou.

Desde o início de abril, o Governo mexicano pediu ajuda às autoridades norte-americanas para conseguir 10.000 ventiladores e 10.000 monitores para cuidar de doentes graves no tratamento da covid-19.

À medida que o México avança para uma reativação gradual da economia a partir de segunda-feira, o número de novas infeções tem crescido a cada dia, aumentando o medo de uma nova onda de contágio que outros países testemunharam depois do aligeiramento das restrições.

As próximas duas semanas vão servir como um período para formalizarem os seus protocolos, de forma a manter os trabalhadores seguros, mas, se o fizerem e obtiverem aprovação, poderão abril a qualquer altura antes de 01 de junho.

Nas últimas 24 horas houve um aumento de 2.409 novos casos de infeção, a primeira vez que o número excedeu os 2.000 num dia.

"Estamos num momento de crescimento mais rápido em novos casos. Este é o momento mais difícil", admitiu o secretário adjunto da Saúde mexicano, Hugo Lopez-Gatell.

Porém, as autoridades de saúde dizem que o número de infeções é muito maior, já que o México tem uma taxa de testes mais baixa do que qualquer uma das maiores economias do mundo, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

O confinamento do país, que começou em março, vai continuar em vigor, mas essas indústrias em particular podem regressar ao trabalho porque o principal órgão consultivo do México para a pandemia disse, na terça-feira, que decidiu classificá-las como "atividades essenciais".

Há sinais de que a capacidade hospitalar está a chegar aos limites na Cidade do México, a área mais atingida pela doença.

O Departamento de Saúde reportou que 73% das camas hospitalares para cuidado geral da cidade estavam cheias, enquanto a percentagem de camas na zona cuidados intensivos tem uma percentagem mais baixa, mas isso deve-se à expansão improvisada de Unidades de Cuidados Intensivos em hospitais e outros locais.

Há uma preocupação na comunidade médica de que falar sobre o relaxamento das medidas de distância social é prematuro e pode levar a uma segunda onda de infeções devastadora, à medida que os recursos diminuem e o pessoal médico fica exausto.

O México totaliza 42.595 infeções e 4.477 mortes.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 302 mil mortos e infetou mais de 4,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios. 

Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.

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