Colômbia é o país mais transparente na pandemia, Nicarágua o pior
A Colômbia e o México são os países da América Latina mais transparentes na resposta à pandemia de covid-19, enquanto a Bolívia e a Nicarágua oferecem o mínimo de informações, segundo um estudo da organização chilena Cidadania Inteligente hoje divulgado.
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Mundo Covid-19
A análise, baseada em dados de 20 países publicados entre 12 e 13 de maio, coloca a Colômbia, o México, o Chile e o Peru nas primeiras posições em relação à "informação básica" acessível para a população.
Essa categoria leva em consideração a qualidade e o pormenor dos testes covid-19, das pessoas infetadas, falecidas e recuperadas, bem como a infraestrutura do país: ventiladores, camas hospitalares ou capacidade laboratorial.
No fundo da lista, entre os Estados menos transparentes, estão El Salvador, Uruguai, Bolívia e Nicarágua países que não chegam a alcançar 20% da classificação total.
"É um grupo que precisa avançar com urgência nas suas estatísticas gerais, as mais básicas. O caso da Nicarágua é especialmente preocupante, porque não fornece dados, o que agrava a sua fraqueza institucional e a desconfiança em relação ao governo", disse o coordenador do projeto, Auska Ovando, à agência Efe.
O estudo avalia ainda informações individuais sobre o estado clínico dos pacientes, como a taxa de tabagismo, obesidade ou a data em que a infeção ocorreu, algo que só se verifica em três países da região - México, Colômbia e Paraguai.
"Não se pode fazer uma boa análise das políticas públicas se esses microdados não forem divulgados, o que permite que a tomada de decisões seja aberta à comunidade científica e à sociedade civil", insistiu Ovando.
Para o pesquisador da organização não-governamental Cidadania Inteligente, os governos latino-americanos não publicam informações suficientes em tempos de pandemia: "Vemos que muito poucos países excedem 50% no nosso índice. Não há nenhum que se aproxime de 100% e apenas dois (Colômbia e México) chegam aos 80%".
A Organização Mundial da Saúde confirmou na quarta-feira passada que o novo foco da pandemia global está nas Américas, que ultrapassou a Europa no número de infeções.
Nesse contexto, a América Latina prepara-se para enfrentar a maior recessão económica de sua história, devido a uma pandemia que causou cerca de 25.000 mortes, entre mais de 430.000 pessoas infetadas na região.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 302 mil mortos e infetou mais de 4,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.
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