"A partir de quarta-feira, pediremos aos franceses que regressam a França, e também àqueles que residem no país, que se submetam voluntariamente a duas semanas" de confinamento, disse Jean-Yves Le Drian ao canal de televisão LCI, esclarecendo que esta medida incide sobre aqueles que regressam de forma da UE.
"Essa iniciativa será autónoma, baseada em responsabilidade pessoal, e essa quinzena poderá ser realizada em casa ou noutro local escolhido", acrescentou o ministro.
Atualmente, esta medida não atinge estrangeiros não europeus, já que as fronteiras externas da UE, inclusive para a entrada em França, estão fechadas para estes desde 17 de março devido à pandemia de covid-19.
Dentro da UE, Paris espera diminuir as restrições de fronteira a partir de 15 de junho, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros de França.
"Nas fronteiras internas, temos acordos de reciprocidade com os países vizinhos e podemos pensar que progressivamente, a flexibilização do confinamento ajude e, se por acaso a situação da pandemia piorar, poderemos fazer uma revisão das medidas de encerramento", disse.
"Penso que gradualmente, a partir de 15 de junho, conseguiremos um relaxamento geral. Isto é tudo o que desejo", acrescentou.
Por enquanto, apenas passageiros transfronteiriços, pessoas com motivos familiares ou que regressem às suas casas podem se deslocar entre a França e outros países da UE.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 316.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (90.309) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,5 milhões).
Seguem-se o Reino Unido (34.796 mortos, mais de 246 mil casos), Itália (32.007 mortos, quase 226 mil casos), França (28.239 mortos, cerca de 180 mil casos) e Espanha (27.709 mortos, mais de 231.600 casos).