A Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Comuns considera que "a capacidade de testagem foi inadequada durante a maior parte da pandemia até agora" e, numa carta ao primeiro-ministro, Boris Johnson, o presidente da comissão, o conservador Greg Clark, lamentou que a capacidade "impulsionou a estratégia, em vez de a capacidade conduzir a estratégia".
As autoridades britânicas procuraram inicialmente rastrear e testar todos os que tiveram contacto com pessoas infetadas com o coronavírus, mas abandonaram a estratégia em meados de março porque o número de infeções ultrapassou a capacidade limitada de testagem do país.
Até atingir a meta de 100 mil testes por dia, no final de abril, só eram testados os pacientes nos hospitais, tendo mais recentemente sido alargados aos profissionais de saúde, trabalhadores e residentes de lares de idosos, e, desde ontem, a qualquer pessoa com sintomas.
Greg Clark, um antigo ministro da Economia do governo de Theresa May, qualificou como "central" a decisão de não testar funcionários e residentes dos lares de idosos "numa altura em que a propagação do vírus era galopante", resultando na morte de milhares de pessoas.
De acordo com o balanço oficial de segunda-feira, o Reino Unido registou durante a pandemia 246.406 pessoas infetadas, das quais 34.796 morreram, o segundo maior número de óbitos a nível mundial, atrás dos EUA.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 316.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.