A porta-voz do governo, María Jesús Montero, fez este apelo na videoconferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros e depois de se ter sabido que o executivo de esquerda tinha chegado a um acordo com o Cidadãos (direita liberal) para prolongar o estado de emergência, desistindo da prorrogação de um mês que pretendia inicialmente.
María Jesús Montero, que também é ministra das Finanças, assegurou que a dilatação desse período será adaptada a uma "evolução assimétrica e gradual do desconfinamento" e insistiu que o estado de emergência é o único instrumento que permite cumprir o objetivo de salvar vidas, porque permite restringir a mobilidade.
O Governo espanhol é formado por uma coligação minoritária entre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o Unidas Podemos (extrema-esquerda).
A Espanha é um dos países mais atingidos pela pandemia de covid-19 que, a nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, já provocou mais de 318 mil mortos e infetou mais de 4,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num "grande confinamento" que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (90.369) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,5 milhões).
Seguem-se o Reino Unido (34.796 mortos, mais de 246 mil casos), Itália (32.007 mortos, quase 226 mil casos), França (28.239 mortos, cerca de 180 mil casos) e Espanha (27.709 mortos, mais de 231.600 casos).