Covid-19: OMS disposta a aprender lições mas focada em "salvar vidas"
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde garantiu hoje que aprender com os erros está no DNA daquela agência das Nações Unidas, mas que o foco está agora em "salvar vidas" e combater a pandemia de covid-19.
© Reuters
Mundo Covid-19
No encerramento da Assembleia Mundial da Saúde, que decorreu segunda-feira e hoje por teleconferência pela primeira vez em 73 edições, Tedros Ghebreyesus afirmou que "aprender lições está no DNA da OMS".
Na resolução aprovada por unanimidade pelos 194 países membros defende-se uma avaliação "imparcial, independente e completa" à atuação da OMS no desenrolar da pandemia da covid-19.
O responsável da organização apontou que o comité independente que avalia permanentemente a OMS já fez uma avaliação sobre o papel da agência até abril e que as suas recomendações "também serão levadas a sério".
Por agora, "o foco está em salvar vidas", destacou Ghebreyesus, garantindo que a OMS continuará a "liderar a estratégia de coordenação da resposta global" ao novo coronavírus e a "dar ao mundo informação e análise sobre a pandemia".
"Continuaremos a manter o mundo informado e a dar às pessoas e comunidades a informação de que necessitam para se manterem seguras", declarou.
A covid-19 é uma ameaça "à cooperação internacional mas também veio lembrar que apesar de todas as diferenças, só existe uma raça humana", considerou.
"Dias negros e difíceis avizinham-se, mas juntos e guiados pela ciência, prevaleceremos", afirmou.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 318 mil mortos e infetou mais de 4,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.247 pessoas das 29.432 confirmadas como infetadas, e há 6.431 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de 2,1 milhões contra 1,9 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (cerca de 127 mil contra mais de 167 mil).
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