Segundo um relatório divulgado pelo Observatório Consular e Migratório Hondurenho, ao qual a agência Efe teve acesso, 44.278 hondurenhos sem documentos regressaram ao país entre janeiro e maio do ano passado, a maioria provenientes do México e dos Estados Unidos.
As autoridades de imigração dos Estados Unidos deportaram 9.695 hondurenhos sem documentos nos primeiros cinco meses deste ano, incluindo 757 menores, pormenoriza o estudo.
Neste período, o México devolveu ao país de origem, por via aérea, 3.582 hondurenhos sem documentos, incluindo 433 menores, muitos dos quais não acompanhados.
Outros 8.207 hondurenhos, incluindo 922 menores, foram também deportados pelas autoridades mexicanas por via terrestre, enquanto 513 nacionais foram repatriados de países da América Central, de acordo com o relatório.
Segundo dados do Observatório Consular, 109.185 hondurenhos foram deportados ao longo de 2019, ou seja, 45% mais do que os 75.279 repatriados em 2017.
Nos Estados Unidos, segundo as autoridades de Tegucigalpa, há cerca de um milhão de hondurenhos, incluindo residentes legais e indocumentados, que escaparam de situações que afetam o país centro-americano, como a violência.
Os números oficiais mostram que as pessoas que vivem no estrangeiro, principalmente nos Estados Unidos, enviam mais de 3,6 mil milhões de dólares (3,2 mil milhões de euros) por ano em remessas familiares.
A migração irregular para os Estados Unidos a partir do Triângulo Norte da América Central - que inclui El Salvador, Guatemala e Honduras - aumentou nos últimos anos, devido à violência e aos elevados níveis de pobreza que afetam estes países.
Os migrantes indocumentados que atravessam o México para os Estados Unidos estão expostos a roubos, extorsões, raptos e até assassinatos por grupos criminosos, bem como a abusos por parte de autoridades corruptas.