As propostas surgiram na sequência de um acordo assinado pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, pela chanceler alemã, Angela Merkel, e pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, com os chefes dos executivos dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, belga, Sophie Wilmés, e polaco, Matueusz Morawiecki.
No documento, enviado por carta à Presidente da omissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, destaca-se o acesso a base de dados comuns, a contratação europeia de bens de primeira necessidade para evitar a escassez e o impulso da otimização da produção dos produtos básicos dentro da UE.
Nesse sentido, propõem também uma estratégia comum de provisão e armazenamento de material sanitário, medicamentos, equipamentos de proteção e de 'kits' de testes, entre outras medidas.
Na argumentação é indicado que as propostas têm na base a garantia, a longo prazo, de resistência da UE face a crises de saúde pública no futuro, defendendo também a realização de 'stress tests' aos serviços nacionais de saúde de cada país.
A preparação conjunta de todos os Estados membros dos 27 "será muito mais eficiente do que se cada país a efetuar individualmente", lê-se no documento.
Por isso, como primeiro passo, defendem a realização de uma análise ao que sucedeu com o novo coronavírus e as deficiências que se observaram na crise, considerando que se deve trabalhar em conjunto em vários aspetos, desde a partilha de dados, à promoção da investigação, passando por uma regulação e coordenação da distribuição e produção de bens de primeira necessidade.
Os seis líderes europeus defendem também que se deve manter o foco na aquisição de material sanitário e de medicamentos de forma a garantir um 'stock' de três meses para o conjunto dos 27.
Por outro lado, consideram "vital" que a UE aumente a sua capacidade de investigação para o desenvolvimento de vacinas e a melhora dos diagnósticos e tratamentos, bem como o compromisso de partilhar as várias investigações.
Além disso, defendem ainda a possibilidade de estes projetos serem financiados com fundos europeus, elegendo os candidatos com maiores possibilidades tanto de desenvolver uma vacina como de a produzir.
Os seis líderes insistiram também na necessidade de reforçar o mercado único europeu e defenderam a criação de normas antimonopólio "mais claras e permanentes" para enfrentar crises futuras em melhores condições.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 408 mil mortos e infetou mais de 7,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência AFP.