"Os representantes militares da Índia e da China estão em contacto. Referiram-se à situação e a medidas no sentido de baixar a tensão. Nós saudámos a iniciativa", disse o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov durante uma conferência de imprensa hoje em Moscovo.
Por outro lado, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que Moscovo "encara com atenção o que se passa na fronteira sino-indiana", situação que considerou "muito inquietante".
"Os dois países devem tomar medidas para que a situação não volte a acontecer no futuro", acrescentou.
A Rússia é um país parceiro da República Popular da China e da República da Índia tendo o presidente Vladimir Putin demonstrado vários vezes proximidade com o primeiro-ministro indiano Narenda Modi e com o presidente chinês Xi Jinping.
Os confrontos e os combates corpo a corpo entre soldados chineses e indianos na noite de segunda-feira foram os primeiros do género com mortes nos últimos 40 anos.
Pelo menos 20 soldados indianos morreram.
Os confrontos ocorreram num vale entre as montanhas de Ladakh (norte da República da Índia) onde as disputas territoriais com a República Popular da China são motivo de litígio de longa data.