A medida foi anunciada um dia antes do término de uma das condições impostas até ao momento pelas autoridades cipriotas a certos cidadãos estrangeiros que quisessem entrar naquele país.
A condição em questão, que abrangia cidadãos de 19 países (entre os quais Portugal não constava), previa que os viajantes tivessem um teste com resultado negativo feito 72 horas antes de entrarem no país.
Entre os 19 países abrangidos por esta condição estão, por exemplo, a Áustria, Grécia, Finlândia, Alemanha, Noruega, Bulgária e Hungria.
O porta-voz adjunto do governo do Chipre, Panayiotis Antonas, declarou que a medida adicional foi tomada com base na recomendação de um órgão consultivo composto por especialistas da área da saúde, "de modo a não colocar em risco o quadro epidemiológico positivo" que aquele país conseguiu registar ao longo dos últimos meses.
O Chipre conseguiu manter níveis baixos de infeção pelo novo coronavírus, tendo imposto, em março, medidas de restrição e de confinamento, incluindo uma proibição dos voos comerciais, que se prolongaram durante três meses.
O país está agora interessado em reiniciar a atividade turística, um setor vital para a economia cipriota, mas, ao mesmo tempo, quer evitar possíveis novos surtos importados do vírus.
Segundo explicou o ministro da Saúde cipriota, Constantinos Ioannou, as autoridades de saúde destacadas nos aeroportos pretendem testar aleatoriamente cerca de 10% a 15% dos 1.500 passageiros que deverão chegar diariamente ao país durante as próximas semanas.
A par dos cidadãos dos 19 países abrangidos pelas anteriores medidas, o ministro cipriota precisou que os testes aleatórios de diagnóstico também serão realizados aos passageiros procedentes de Israel, Polónia e Roménia, que continuam com a obrigatoriedade de viajar com um certificado que confirme que não estão infetados.
Segundo dados citados pelos 'media' cipriotas, o país registou, até quinta-feira, um total de 985 casos da doença covid-19 e 26 mortes.
Desde que o novo coronavírus foi detetado na China, em dezembro do ano passado, a pandemia da doença covid-19 já provocou pelo menos 454 mil mortos e mais de 8,5 milhões de infetados em todo mundo, segundo um balanço feito pela agência France Presse (AFP).
