"Vão ser impostas novas restrições, mais fortes, em várias regiões do país", disse o ministro da Saúde ucraniano, Maksym Stepanov, depois de terem sido registados, pelo terceiro dia consecutivo, novos recordes de novos casos, com 921 contaminações.
Stepanov não adiantou, porém, onde e quando serão impostas as medidas.
Por seu lado, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, defendeu a necessidade de se explicar melhor aos cidadãos os objetivos do confinamento e de distanciamento social.
"Quando as pessoas compreenderem vão respeitar melhor a quarentena", afirmou.
Até hoje, segundo os dados oficiais, a Ucrânia registou um total de 34.984 casos de covid-19, de que resultaram 985 mortes.
A 11 de maio, dia do início do fim do confinamento, o país contava com 15.648 casos e 408 óbitos.
As autoridades ucranianas indicaram que 15 das 24 regiões em que se divide administrativamente o país registaram um crescimento de contaminações, em particular nas ocidentais Lviv e Rivne. As hospitalizações também estão em forte alta.
O Governo explicou a tendência de alta pelo desrespeito dos ucranianos às medidas de distanciamento social, tendo em conta que parques, restaurantes e salões de beleza reabriram em maio e que os transportes urbanos e nacionais retomaram o serviço no início deste mês.
Hoje, um tribunal ucraniano condenou um alto responsável dos serviços de controlo epidemiológico a pagar uma multa de 17.000 hrynias (561 euros) por ter violado das regras de comportamento sanitário, depois de ter frequentado um café sem utilizar a respetiva máscara de proteção facial.
Além da Ucrânia, outras duas antigas repúblicas soviéticas, a Arménia e o Azerbaijão, estão a fazer face a um recrudescimento de novos casos de covid-19, depois de terem aligeirado as medidas de confinamento.
O Azerbaijão decidiu mesmo voltar a impor, a partir de segunda-feira, um confinamento mais apertado até 01 de agosto.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 454 mil mortos e infetou mais de 8,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.