O novo surto foi detetado em Pequim, em 11 de junho passado, num dos maiores mercados abastecedores da região. Pequim aumentou o nível de emergência, visando conter a disseminação do surto, que somou 236 casos.
No entanto, ao contrário das medidas de confinamento geral, adotadas a nível nacional, aquando do primeiro surto na China, em janeiro passado, as autoridades optaram por medidas localizadas e parciais, abrangendo apenas áreas da cidade consideradas de risco.
Foram realizados mais de dois milhões de testes após a descoberta do primeiro surto, sobretudo a funcionários do setor dos serviços.
A normalidade manteve-se em grande parte da capital chinesa. Espaços comerciais e restaurantes, assim como vários espaços noturnos, permanecem abertos e as ruas movimentadas.
O epidemiologista chefe do Centro Chinês de Controlo e Prevenção de Doenças, Wu Zunyou, disse na semana passada que o surto "está sob controlo", graças às medidas tomadas, e que "a curva vai achatar gradualmente".
Medidas de confinamento parcial implicam a suspensão de todas as aulas presenciais no ensino básico, médio e superior, e a recomendação aos residentes de que trabalhem a partir de casa, enquanto as comunidades em áreas de "alto risco", com casos confirmados, por exemplo, estão seladas e os moradores proibidos de se deslocar.
Bibliotecas, museus e parques permanecem abertos, mas por tempo limitado e com capacidade não superior a 30% do limite.
Além dos nove casos detetados em Pequim, a China registou outras duas infeções por transmissão local na província de Hebei, adjacente a Pequim.
Nas últimas 24 horas, o país diagnosticou ainda sete casos oriundos do exterior.
A Comissão de Saúde da China não relatou novas mortes em todo o país.
O número de casos ativos fixou-se em 349, entre os quais 12 em estado grave.
De acordo com os dados oficiais, desde o início da pandemia, a China registou 83.396 infetados e 4.634 mortos, devido à covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 465 mil mortos e infetou mais de 8,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.