No passado dia 16 de junho, a eurodeputada da bancada dos Verdes europeus Pierrette Herzberger-Fofana, de 71 anos, presenciou uma alegada situação de assédio, por parte de nove polícias, para com dois jovens negros na Bélgica, tendo registado o caso com imagens gravadas no seu telemóvel.
Porém, apercebendo-se de que estavam a ser gravados, os polícias aproximaram-se da eurodeputada alemã e maltrataram-na, segundo relatos da própria.
"Os polícias vieram ter comigo, tiraram-me o telefone e quatro dos nove agentes, que estavam armados, empurraram-me brutalmente contra a parede. Levaram a minha mala, [...] abriram-me as pernas e trataram-me de uma forma humilhante", denunciou a eleita da Aliança Livre Europeia.
Pierrette Herzberger-Fofana lamentou, ainda, que os polícias não tenham acreditado quando ela lhes disse que era eurodeputada, mesmo após mostrar o seu cartão de identificação.
Dada esta situação, o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, escreveu à primeira-ministra belga, Sophie Wilmès, exortando a "ação" sobre este caso.
Na resposta hoje enviada a David Sassoli, Sophie Wilmès indica que a polícia belga já tinha conhecimento do incidente, que tinha sido denunciado pela eurodeputada, pelo que o Ministério Público Federal já tinha dado início a um inquérito judicial.
"Os factos mencionados merecem, de facto, que este caso seja devidamente investigado. Isto irá esclarecer a situação", adiantou Sophie Wilmès na resposta.
A situação é conhecida numa altura de onda de protestos e de solidariedade devido ao assassinato de um afro-americano, nos Estados Unidos, num caso de violência policial e de racismo.