O último relatório do Ministério da Saúde elevou no sábado à noite para 30.676 o número de infetados e para 970 o de mortes pelo novo coronavírus no país, que soma cerca de 11 milhões de habitantes.
A doença apresenta uma tendência de crescimento na Bolívia, depois de há uma semana ter superado os 1.000 casos confirmados por dia, a que se soma o recorde diário hoje anunciado.
As zonas mais afetadas são, principalmente, as de menor altitude, nos vales e na Amazónia, por comparação com as andinas.
Santa Cruz concentra mais de metade dos casos, com 17.455 infetados e 396 mortes entre os seus mais de três milhões de habitantes.
"Confrontado com o aumento de contágios comunitários e o aumento de casos positivos", o Governo interino prolongou até julho o estado de quarentena decretado em março, encontrando-se agora numa fase denominada "condicionada e dinâmica", com restrições que se podem flexibilizar ou endurecer conforme a evolução da covid-19.
Isto pressupõe a continuação das fronteiras e espaço aéreo encerrados, a suspensão das aulas presenciais em todos os níveis educativos e a proibição de eventos públicos, ou seja, qualquer reunião que implique um aglomerado de pessoas.
As exceções às restrições de horários e diárias à movimentação de pessoas e veículos só se aplicam aos serviços de segurança, emergência e saúde.
A Bolívia declarou o estado de emergência sanitária, com relatos de centros de saúde em colapso e algumas mortes às portas do hospital e nas ruas.
Em várias cidades foi dado o alerta sobre o colapso nos centros de saúde, com casos de pacientes que têm de procurar vários hospitais para encontrar atendimento, além de haver familiares com problemas para enterrar os seus mortos, recorrendo, por vezes, a uma cova de emergência escavada num cemitério que os possa receber.