Estes números foram avançados pelo ministério no seu boletim diário sobre a pandemia, mas as autoridades também apresentaram um segundo registo do número de mortes, num relatório epidemiológico semanal.
Ao contrário do saldo diário, o boletim semanal refere a existência de 6.089 óbitos confirmados causados pelo novo coronavírus, além de outras 2.846 mortes referidas como "prováveis" ou "suspeitas".
Esta diferença é "algo que termos de analisar. Não se sabe, para já, o motivo", disse o chefe de epidemiologia do Ministério da Saúde, Diego Araos.
"O DEIS [Departamento de Estatística e Informação em Saúde, encarregado de preparar o relatório epidemiológico do Chile] usa fontes para os dados a que, nós [Ministério da Saúde], não temos acesso quando fazemos o relatório diário", explicou.
"O trabalho um pouco mais calmo e detalhado realizado pelo DEIS permite que encontre mais mortos confirmados do que nós", acrescentou.
De acordo com a mesma fonte, estão, atualmente, 2.129 doentes nas unidades de cuidados intensivos dos hospitais chilenos, dos quais 1.793 estão ligados a ventiladores mecânicos e 400 estão em estado crítico.
O ministério adiantou ainda que existem atualmente 63 comunas (cidades ou setores de cidades) em quarentena, o que significa um total de mais de 9 milhões de pessoas isoladas.
O Chile é o sétimo país em todo o mundo com o maior número de casos de covid-19 e o terceiro entre os latino-americanos.
Regionalmente, o Chile é superado apenas pelo Brasil, país que contabiliza 1.313.667 casos, e pelo Peru, com 275.989 casos infetados.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 498 mil mortos e infetou mais de 10 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.