"Eu não ficaria surpreso se atingíssemos os 100.000 casos por dia se não revertermos a tendência. Estou muito preocupado porque a situação pode piorar", avisou Fauci, durante uma audiência no Senado norte-americano.
O responsável recusou prever o número de mortes que a onda atual pode causar, mas de acordo com uma estimativa divulgada na semana passada pelo Centro de Prevenção e Controlo de Doenças, o país pode atingir entre 130.000 a 150.000 óbitos até 18 de julho.
O número atual é de, pelo menos, 126.000 mortes e mais de 2,59 milhões o total de contágios, sendo que quatro Estados norte-americanos (Califórnia, Texas, Arizona e Florida) representam metade dos novos casos.
Apesar da decisão do Presidente, Donald Trump, de cortar relações com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um alto responsável norte-americano disse hoje que os EUA continuam a trabalhar com a mesma.
"Não fui chamado de volta, não recebi instruções para me retirar", afirmou Brett Giroir, secretário adjunto da Saúde e membro do conselho executivo da OMS.
"De qualquer forma, provavelmente vai haver outro conselho executivo em outubro, acredito que vamos continuar a trabalhar com a OMS enquanto membros no que diz respeito aos padrões de saúde pública", acrescentou.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 505.500 mortos e infetou mais de 10,32 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.