Embora o presidente norte-americano se mostre muito reticente em relação ao uso da máscara, a sua eficácia é incontornável. A prová-lo está um salão de cabeleireiro em Springfield, no estado do Missouri, onde quase 140 pessoas foram poupadas a uma infeção porque ambas as cabeleireiras, que eram casos positivos, trabalharam sempre de máscara colocada.
O caso, que aconteceu em maio, foi agora divulgado através de um relatório do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC).
As duas mulheres sentiram sintomas a meio de maio mas continuaram a trabalhar, durante uma semana, numa altura em que os negócios naquela localidade começaram a reabrir. Usaram sempre máscara. Nenhum dos 139 clientes que passaram pelo salão mostraram sintomas ou apresentaram resultado positivo no teste à Covid-19 nas semanas que se seguiram.
"Isto mostra o poder da cobertura para a cara, especialmente em espaços interiores", indicou Nadia Abuelezam, uma especialista da Universidade de Boston, ao New York Times.
A mensagem a passar com o estudo é que as máscaras são essenciais para o controlo da doença. Se as duas mulheres estivessem sem máscara, ter-se-ia originado um surto significativo naquela localidade.
Esta mensagem contrasta com as posições mantidas pela administração norte-americana, sobretudo por Donald Trump, que continua a recusar a ideia de tornar o uso de máscaras obrigatório em determinadas circunstâncias.