Prefeitura de São Paulo adia Carnaval em 2021 por causa da pandemia
A prefeitura de São Paulo, a maior cidade do Brasil, anunciou hoje o adiamento do Carnaval de rua e dos desfiles das escolas de samba em 2021 devido à pandemia do novo coronavírus.
© Lusa
Mundo Covid-19
Uma nova data para organizar o evento ainda não foi definida pelos responsáveis, mas o portal de notícias G1 adiantou que os desfiles das escolas de samba provavelmente acontecerão em maio de 2021.
O Carnaval de São Paulo é um dos maiores eventos do país. Este ano, mais de 15 milhões de pessoas participaram nos desfiles de rua em centenas de blocos organizados na cidade.
A prefeitura da capital 'paulista' estimou, em março, que o Carnaval 2020 gerou ganhos de 2,7 mil milhões de reais (450 milhões de euros) para a economia local.
Somados aos 227 milhões de reais (37,5 milhões de euros) movimentados pelo Carnaval no Sambódromo do Anhembi, onde acontecem os desfiles das escolas de samba, o total de receitas que a festa trouxe para a cidade chegou a 2,9 mil milhões de reais (480 milhões de euros).
Além de adiar o Carnaval, as autoridades São Paulo também decidiram cancelar a corrida de Fórmula 1 do Brasil, que acontece anualmente na cidade, no Autódromo de Interlagos, por causa da covid-19.
Uma parada anual organizada por grupos que reúnem Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgénero (LGBT) e um grande evento promovido por evangélicos chamado Marcha para Jesus, organizados na maior cidade do Brasil também não vão acontecer em 2020.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 2,2 milhões de casos e 84.082 óbitos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 627 mil mortos e infetou mais de 15,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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