Num comunicado divulgado hoje, a comissária Stella Kyriakides deu o exemplo do seu país de origem, o Chipre, onde um aumento de novos contágios pelo novo coronavírus está a suscitar grande preocupação junto das autoridades cipriotas, que ainda não conseguiram rastrear a origem destes casos.
Para Stella Kyriakides, que se encontra na capital do Chipre, o aumento de novas infeções pode ser evitado se as pessoas permanecerem vigilantes.
A comissária considera que este ressurgimento de novos focos de infeção em vários Estados europeus é um sinal de que uma parte da população não está a seguir os protocolos de saúde e de segurança.
Em Nicósia, a comissária europeia informou o ministro cipriota com a tutela da Saúde, Constantinos Ioannou, sobre os esforços da União Europeia (UE) para assegurar tratamentos com Remdesivir no espaço europeu, após este medicamento antiviral ter sido autorizado para combater a doença covid-19.
A Comissão Europeia anunciou hoje que assinou um contrato de 63 milhões de euros com a farmacêutica Gilead, para "garantir doses de tratamento de Veklury, a marca comercial da Remdesivir", depois de este ser sido o "primeiro medicamento autorizado a nível da UE para o tratamento da covid-19".
Assim, "a partir do início de agosto, e a fim de satisfazer necessidades imediatas, serão disponibilizados aos Estados-membros e ao Reino Unido lotes de Veklury, com a coordenação e o apoio da Comissão", acrescentou o executivo comunitário.
Orçada em 63 milhões de euros financiados pelo Instrumento de Apoio de Emergência da Comissão Europeia, a medida visa garantir o tratamento de cerca de 30 mil pacientes que apresentam sintomas graves de covid-19, segundo as estimativas da instituição.
No início de julho, o Remdesivir foi autorizado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla inglesa) como o primeiro tratamento da covid-19, visando então curar adultos e adolescentes a partir dos 12 anos de idade com pneumonia que necessitam de oxigénio suplementar.
Desde que o novo coronavírus foi detetado na China, em dezembro do ano passado, a pandemia da doença covid-19 já provocou mais de 660 mil mortos e infetou mais de 16,7 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse (AFP).