O atual estado de emergência expira na sexta-feira e esta semana o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, tinha pedido que o Parlamento aprovasse o seu prolongamento, explicando que "não quer criar um sentimento injustificado de medo ou de alarme, mas apenas manter as medidas organizacionais efetivas aplicadas até agora".
Na terça-feira à noite, o Parlamento iniciou as votações, que terminaram já hoje de manhã, com a luz verde dos deputados para a autorização de extensão do estado de emergência, até 15 de outubro.
"Infelizmente, a pandemia não terminou completamente, mesmo que os seus efeitos sejam mais contidos e geograficamente limitados", declarou o chefe do governo perante os deputados.
A extensão do estado de emergência é, portanto, "uma escolha inevitável, mesmo obrigatória, baseada em considerações puramente técnicas", acrescentou Conte, rejeitando as acusações da oposição de direita de que esta medida era excessiva.
O primeiro-ministro italiano também disse que a extensão do estado de emergência não significa um novo confinamento dos italianos.
A Itália tem sido um dos países europeus mais afetados com a pandemia, com mais de 35.000 mortos e mais de 246.000 casos de contaminação.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 660 mil mortos e infetou mais de 16,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.